04.12.08

Algumas Medidas para Combater a Desertificação em Trás-Os-Montes

 

Como todos nós sabemos, as pessoas vão para onde há desenvolvimento e investimentos, vão para onde há movimentos populacionais, é como se fosse um “ciclo vicioso”! Por isso, se queremos combater a desertificação desta nossa região, temos que investir em recursos potencialmente capazes de fixar as pessoas na região com consequências positivas para o emprego.

 

Fixação de empresas

 

As empresas podem ser o ponto de partida, para diminuir a forte desertificação de Trás-os-Montes. Estamos a falar de grandes empresas, e que empreguem muitas pessoas, obviamente, e que o seu rendimento seja bastante para aumentar o poder de compra dos mesmos.

Segundo algumas pesquisas que efectuamos, infelizmente, na nossa região existem empresas que não possuem mais de quatro trabalhadores.

Com estas condições, é impossível a evolução de uma região!

Antes de mais nada, têm de ser criadas medidas de incentivo á fixação de empresas, isto é, devem reduzir-se as taxas de IRS e IRC (pelo menos, durante o primeiro ano, para que as empresas consigam obter rendimentos), e a desburocratização dos processos inerentes quer à criação de empresas quer mesmo ao seu funcionamento.

Só depois de concluídas estas medidas é que se podem construir grandes empresas, as quais se espera que empreguem muitas pessoas, e que exportem, principalmente, muito material para o estrangeiro.

A exportação de produtos é muito importante, porque vai “trazer” o dinheiro de outras cidades e países, para dentro da nossa região.

É de salientar ainda que as empresas/indústrias a estabelecerem-se na região devem apostar essencialmente na produção e comercialização dos produtos regionais, como por exemplo: azeite e azeitona, carnes com certificação de origem, castanha, fumeiro, entre outros.

 

Melhoria das vias de comunicação

 

Com isto surge outro problema.

Para a exportação dos produtos, precisamos de boas vias de comunicação, para que estes mesmos cheguem ao seu destino, de uma maneira mais “cómoda” e rápida. Quanto a isto temos de ser francos na nossa região não existem essas boas vias de comunicação de que falamos. O IP3, tem uma extensão ainda reduzida. A A4 está ainda por concluir. As ligações intermunicipais são “deficientes”, e, como se ainda não bastasse, na nossa região não existe transporte aéreo eficiente. Isto tem de acabar!

Tanto o IP3 como o IP4, e as ligações entre municípios, têm de ser devidamente concluídas, e as suas extensões devem ser alargadas… (no sentido de prolongar as estradas).

O comboio é um meio de transporte (terrestre) mais cómodo e mais rápido, na nossa opinião, e o que as pessoas mais utilizam; por outro lado, os materiais produzidos pelas empresas chegariam mais rapidamente ao seu destino.

Por isso deveria ser exigida para a nossa região uma linha férrea internacional.

Quanto aos transportes aéreos, a pista do aeroporto deveria ser ainda mais extensa, para que possam aterrar, em Bragança aviões de todo o mundo.

 

 

 

O turismo

 

A melhoria das vias de comunicação não só vai facilitar o transporte de mercadorias, como também vai permitir melhor acesso dos turistas a determinados locais de atracção, favorecendo o turismo.

O Turismo é uma das actividades que, actualmente, emprega mais pessoas, e que “chama” mais população para determinados locais, principalmente as que têm um maior desenvolvimento.

Relativamente, as cidades com “centros históricos”, poder-se-á dizer que a nossa região se encontra em vantagem, porque tem muitos monumentos da antiguidade, o que já é um passo em frente!

Deve apostar-se no turismo, e fazer com que este seja sustentável, porque a presença de outras pessoas na nossa região, vai fazê-la evoluir ainda mais, levando também a um aumento do nível económico.

Ainda, umas das preocupações a ter em conta para atrair turistas para a nossa região prende-se com o facto de se fomentar a capacidade de diversificação do turismo e incrementar a sua atracção como produto de qualidade, fazendo simultaneamente um aproveitamento racional do meio natural como recurso. Dever-se-á continuar a apostar na criação de roteiros de interesse histórico, cultural, ambiental, entre outros, respondendo-se assim a um duplo interesse económico e ambiental. No entanto, deve ter-se em atenção a criação de uma oferta turística, alojamentos e restaurantes, apropriadas ás exigências de um turismo de qualidade.

 

Investimento dos próprios habitantes da região

 

Para que a nossa região evolua, os habitantes devem colaborar. Os habitantes de Trás-os-Montes, podem contribuir para a evolução da nossa região, fazendo as suas compras no comércio local, e procurando os serviços existentes na nossa região, para que se gere dinheiro e o mesmo circule por Trás-os-Montes, o que vai assegurar um elevado número de postos de trabalho.

 

Incentivo das áreas científicas e tecnológicas

 

Na nossa perspectiva, as áreas científicas e tecnológicas são a melhor maneira de incentivo á fixação de pessoas, uma vez que é na tecnologia e na ciência que hoje em dia o mundo se “centra”!

A construção de parques tecnológicos e de tecnopólos podem ser a “palavra-chave” para a fixação de pessoas na nossa região, porque vão permitir que a mesma esteja cada vez mais ligada á ciência, o que não tem acontecido até agora!

 

Criação de Serviços de Interesse Social

 

Dadas as conhecidas características do mercado de trabalho de Trás-os-Montes (sazonalidade do trabalho agrícola, desemprego dos jovens, etc.) há que ocupar temporariamente este tipo de pessoas em projectos que respondam a necessidades colectivas, no âmbito, por exemplo, da reparação e construção de caminhos rurais, da prevenção de incêndios florestais, do repovoamento, da limpeza das margens e leitos dos rios, do apoio ás crianças, aos idosos e a todos os grupos de exclusão social, etc. Com esta medida pretende-se e ocupação de desempregados permitindo-lhes experiências de trabalho e o desenvolvimento de actividades de interesse social.

 

publicado por camponios às 12:19

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